A Fertilizantes Heringer anunciou, na última sexta-feira (18), a hibernação de duas de suas plantas, localizadas em Dourados (Mato Grosso do Sul) e Rosário do Catete (Sergipe). A medida faz parte da estratégia da empresa para otimizar o desempenho de suas operações e ativos.
De acordo com comunicado oficial da companhia, o processo de hibernação será gradual, com a redução progressiva das atividades dessas unidades nos próximos meses. A decisão foi motivada pelo fraco desempenho financeiro histórico dessas plantas e pela baixa expectativa de viabilidade econômica no atual cenário de mercado.
Apesar da suspensão das operações, a empresa garantiu que os volumes de produção dessas unidades serão absorvidos por outras fábricas do grupo. "A Heringer está avaliando a melhor destinação para as plantas de Dourados e Rosário do Catete, considerando inclusive a possibilidade de reativação no futuro, caso o mercado apresente condições favoráveis, ou até mesmo a venda dos ativos em um processo competitivo", afirmou a empresa.
Histórico de hibernações e desafios enfrentados pela unidade
A planta de Rosário do Catete, que está localizada em Sergipe, foi inaugurada há 19 anos e, em 2018, teve suas atividades suspensas devido a uma série de dificuldades econômicas. Entre os fatores que impactaram a operação da fábrica estavam a desvalorização cambial, o aumento dos preços das matérias-primas no mercado internacional e a alta dos custos logísticos.
Após a suspensão das atividades, a empresa passou por um processo de recuperação judicial, com o objetivo de reestruturar sua situação financeira, levantar capital de giro e regularizar seus débitos com credores. Em 2021, a Fertilizantes Heringer reabriu a unidade de Rosário do Catete, com o objetivo de retomar sua produção e aproveitar os bons resultados que estavam sendo gerados pela reestruturação da companhia.
Hibernação da planta em Rosário do Catete afeta empregos locais
A decisão de hibernar a planta da Fertilizantes Heringer em Rosário do Catete terá um impacto direto na economia local, especialmente em relação aos empregos gerados pela unidade.
Estima-se que cerca de 300 postos de trabalho, entre diretos e indiretos, possam ser comprometidos com a suspensão das atividades.
A cidade, que depende em parte da operação da fábrica, enfrentará desafios econômicos com a perda de empregos e a desaceleração da atividade industrial na região.
A empresa ainda não divulgou detalhes sobre os procedimentos para mitigar os efeitos dessa decisão na comunidade.
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