A partir deste sábado (1º), ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente da República, ministros de Estado, deputados federais e senadores vão engordar ainda mais seus contracheques. O subsídio dessas autoridades públicas sobe para R$ 46.366,19, em um reajuste que pesa diretamente no bolso do contribuinte.
O aumento, que chega a 5,3% em relação ao valor anterior de R$ 44.008,52, é parte de um escalonamento aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em janeiro de 2023, através da Lei nº 14.520. Desde então, os vencimentos da alta cúpula do funcionalismo público vêm crescendo de forma progressiva.
Impacto nos cofres públicos
Os reajustes, que se aplicam automaticamente a diversas esferas do alto escalão governamental, representam um acréscimo significativo nas despesas da União. Segundo especialistas, o efeito cascata gerado por essa correção salarial impacta diretamente os cofres públicos, elevando os gastos com a máquina estatal.
A lei prevê que os aumentos são custeados pelas dotações orçamentárias do Poder Judiciário, mas, na prática, toda a população sente os reflexos desses reajustes, principalmente em um momento em que milhões de brasileiros enfrentam dificuldades econômicas.
Efeito cascata
Como os salários dos ministros do STF servem de teto para todo o funcionalismo público, esse reajuste acaba beneficiando também diversas outras categorias, que buscam equiparação com o novo valor. Com isso, a folha de pagamentos da União segue aumentando, levantando debates sobre o peso da burocracia e os impactos na economia do país.
Enquanto isso, servidores de base e trabalhadores do setor privado seguem enfrentando dificuldades para conseguir reajustes salariais condizentes com a inflação. O aumento dos vencimentos das autoridades públicas, embora legal, volta a levantar a polêmica: o Brasil pode arcar com esses custos?
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